segunda-feira, 28 de maio de 2012


ATIVIDADE: FILME A GUERRA DO FOGO
PROFESSOR CARLSON

A Guerra do Fogo ,dirigido por Jean Jacques Annaud com Everett McGill, Raen Dawn Chong, Ron Perlman, Nameer El Kadi é baseado na obra de S.H. Rosny Sr, o Roteirista Gerard Brach se juntou a Annaud para levar as telas este pequeno épico que tem como tema principal a descoberta do fogo.
O filme aborda a pré-história tendo como meta retratar como decorreu a vida do homem há 80.000 anos atrás, quando a terra era habitada por seres primitivos, vivendo em cavernas, em grupos nômades, especificando a espécie Homo Sapiens tendo ao lado animais pré-históricos, como o tigre dente-de-sabre, o mamute, entre outros a qual o filme se refere, observando sua evolução ao longo do tempo, suas descobertas e costumes, tendo objetivo central, de acordo com o nome do filme, revelar como decorreu a descoberta do fogo.
A guerra do Fogo tem como enredo a briga entre dois grupos de homínidios que tinham hábitos diferentes de vida por não estarem na mesma fase de evolução. É evidente que por se passar na pré-história o filme não apresenta diálogos.E a única linguagem que se vê são as ações dos personagens, gritos , grunhidos e pela linguagem corporal.
O enredo se desenvolve mostrando uma constante luta entre pequenos grupos tribais para manter a posse de uma chama de fogo, que é disputada como algo vital, pois além de oferecer a possibilidade da ingestão de alimentos trabalhos, em forma de assados, ajudava também, a combater o frio e a espantar, principalmente, as alcatéias de lobos.
A tribo Ulan é utilizada como personagem central ,vivendo em torno de uma fonte natural de fogo, onde é atacada por lobos e macacos, perdendo durante a luta o fogo que mantinha acesso a todo custo.Não sabendo como reacende-lo.
Ao longo do filme três membros saem em busca de uma nova chama pela floresta, onde no caminho eles passam pelos mais variados problemas e parecem ganhar mais consciência e razão a cada novo obstáculo superado.
Depois de vários dias andando e enfrentando animais pré-históricos ,a natureza e o desconhecido, eles encontram a tribo Ivakas, que sabia como fazer fogo.
Para que o segredo seja revelado, eles seqüestram uma mulher Ivaka. A crueldade e o rude conhecimento de ambas as tribos vão sendo revelados.A procura do fogo, elemento que será fundamental para sua sobrevivência, porém ali, permanece como um mistério o qual ninguém sabia comandado a sua criação.
Como foi dito anteriormente, as duas tribos tinham hábitos diferentes por estarem em etapas distintas de evolução.
Enquanto o primeiro grupo, a tribo Ulam tinha o fogo como um fenômeno sobrenatural, cultuando-o, pois não tinham noção como fazê-lo, o segundo grupo, a tribo Ivakas, dominava a tecnologia do fogo.
Enquanto a linguagem na tribo Ulan não estava muito distante dos primatas, pois baseava simplesmente em gritos e grunhidos, se assemelhando a animais irracionais, a tribo Ivakas tinha uma comunicação mais completa, pois os sons eram mais articulados, tendo assim uma linguagem oral mais desenvolvida – , classificados por Rosseau como primeiras manifestações de linguagem no homem, que é a expressão de suas paixões como a dor e o prazer.
Além disso existe também outros elementos culturais como habitação e ritos que denotam um maior grau de complexidade do segundo grupo para o primeiro.
A primeira imagem do filme define como era o mundo para aqueles homens naquela época. Uma paisagem de uma terra visivelmente inexplorada, com um pequeno foco de fogo – o objeto tema do filme – em seu interior. Porém, não podemos afirmar que para eles, aquele mundo era pequeno mas sim um mundo imenso e desconhecido , já que, como já se foi dito, era muito inexplorado. Desta época em diante foi uma época de descobrimento.
Haviam diferentes tribos com diferentes hábitos de viver naquela vasta mata; estas tribos, na maioria das vezes eram rivais, já que eles não tinham a capacidade de coexistir. Digo coexistir referindo à parte externa, ou seja, entre os grupos. Apesar que, mesmo entre os elementos do grupo, havia competição pelos alimentos por exemplo. Tudo naquela época era motivo de combate. O filme, logo no início, revela este fato, quando uma tribo tenta roubar o fogo da tribo Ulam. Muitas pessoas morrem naquele debate, havendo inclusive canibalismo por parte da tribo que atacou. Porém, as associações humanas não eram impossível naquela época entre grupos. Podemos observar que, em um certo momento do filme, um dos homens do grupo Ulam, ao decorrer dos fatos, explicitamente apaixona-se por uma mulher de outra tribo, a qual havia os acompanhado durante um tempo. Ele, no meio de sua trajetória, resolve voltar para reencontrar a moça. Ele acaba sendo capturado pelo grupo a qual a dita cuja pertence, passando então a conviver com estes indivíduos, adquirindo costumes da tribo. 
A partir daí passa a surgir uma espécie de ” associação humana externa “, já que ocorre em grupos diferentes. Podemos perceber que para haver essa união, houve interesse por parte do homem. Vale a pena citar que foi neste grupo que ele aprendeu a gerar o tão desejado fogo. Depois, a mulher volta a conviver com o grupo Ulam, havendo uma nova uma associação humana. É extremamente necessário chamar atenção do fato que eu descrevo: ” … explicitamente apaixona-se por uma mulher de outra tribo..” Isso mesmo. É daí que surge a expressão de sentimento do homem. Eles descobrem a afetividade entre homem e mulher.
E o fruto desta afetividade é uma criança, como percebemos no final do filme, onde esta mulher encontra-se grávida. 
Percebemos como eram as coisas há 80.000 anos atrás que para nós, parece ser tão arcaica, mais para eles, era tudo tão novo. Também, de ” arcaico ” eles tinham os seus instrumentos. Provavelmente, por acaso e por necessidade, eles vieram a descobrir com o passar do tempo as utilidades de certos recursos, como por exemplo a utilização de ossos como uma espécie de capa para proteger o fogo.
Utilizavam pedras e paus como armas., plantas como medicamentos e também faziam parte das ” cabanas ” que eles construíam; pedras como instrumento de pintura, varetas como instrumento para gerar o fogo, dentre outras situações em que eles agiam de acordo com a necessidade. Todos esses ” instrumentos ” eram, obviamente, oferecidos pela natureza. Era ela a ferramenta de exploração daqueles homens Tudo em volta deles pertencia à natureza.
Era na natureza que eles obtinham o seu alimento, matavam a sua sede, residiam e morriam. Observamos no filme que a natureza oferece ao homem até uma espécie de armadilha para a captura de seus alimentos: a areia movediça onde homens desavisados, ao cair nesta areia, eram capturados por um grupo ali formado. Porém, a natureza não traz apenas benefícios para os homens que ali existem. Estes homens passam por sérias dificuldades, como os animais ferozes os quais os homens eram obrigados a combater, o rio gelado o qual os homens eram obrigados a caminhar, dentre outros.
Naquela época, como os homens estavam ainda adquirindo uma certa experiência de como lhe dar com certos tipos de situações, como o combate com um animal por exemplo, eles eram extremamente veneráveis ao ser considerado certos aspectos. No filme, a fragilidade deles fica explicita na cena em que três integrantes do grupo Ulam são perseguidos por dois Tigres. Eles sobem em uma árvore e ali permanecem durante um tempo, alimentando-se das folhas da própria árvore, chegando ao ponto de acabá-las por completo. Fica explicita também a fragilidade com relação aos aspectos climáticos daquela época. Houve um momento em que eles estavam sentado no meio da mata, alguns congelando de frio, chegando em alguns casos até a morte. Isso acontece também pela falta de controle com o fogo. Falando do elementos fogo, ao pesquisarmos, percebemos que ele tem inúmeros significados. Dentre eles temos:
  • No dicionário, ele significa o desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de matérias inflamáveis, como, por exemplo., a madeira, o carvão, o gás.
Quanto a linguagem apresentada no filme, uma possível interpretação seria a seguinte: em um determinado estágio de sua evolução biológica, o homem, já se locomovendo como bípede e tendo suas mãos livres, aprendeu a manipular instrumentos, a interferir no seu meio e a fazer, dentre outras coisas, o fogo. A necessidade de preservação desse conhecimento, dessa tecnologia, levou-o a sofisticar a sua capacidade de comunicação. A princípio, sua linguagem pode ter sido meramente gestual, mas ele descobriu que os sons também poderiam se prestar a essa função.
Assim como, ao tornar-se Homo Erectus viu-se com as mãos livres (antes usadas principalmente na locomoção) e descobriu que poderia usá-las para manipular as coisas; assim como, ao tornar-se Homo Sapiens descobriu que poderia usar essa capacidade de manipulação para interferir no seu meio; da mesma forma, descobriu que os órgãos utilizados para funções vitais como a respiração e a digestão, também serviam para emitir sons. A partir do momento em que aprendeu a diversificar os sons através das articulações, conseguiu aumentar as possibilidades de combinação entre eles. Uma vez estabelecidas determinadas convenções entre os seus semelhantes, possibilitou-se a troca de informações (como a tecnologia de fazer o fogo) de um indivíduo para o outro.
A sofisticação da linguagem serviu para facilitar a comunicação de uma informação complexa, talvez não expressável meramente pelo gesto. 
Segundo Roberto da Matta no seu livro: Uma Introdução à Antropologia Social, no capítulo que diz respeito ao Biológico e o Social, o autor se refere à cadeia de processos da seguinte forma:
  • Primeiro Ato: A natureza seria hostil, e o mundo povoado por animais monstruosos além de toda sorte de infortúnios da natureza: vendaváis, vulcões, tempestades e glaciações.
  • Seguindo Ato: Aparece então o homem, ele é um ser único, universal, nu, fraco e solitário. É dotado de inteligência superior.
  • Terceiro Ato: Com sua inteligência e agindo impiristicamente, o homem, aprendendo com a natureza, domina o fogo e com paus e pedras aprende a se defender.
  • Quarto Ato: Reconhecendo sua fraqueza, o homem começa a se agrupar com os primeiros indícios de uma sociedade.
Nessa sociedade, foi sentida a necessidade de se formar instituições com a finalidade de zelar pela paz e pelo bem estar comum.
A guerra do fogo é um filme que está relacionado com o olhar e a perspectiva de quem assiste. São infinitas as possibilidades de leitura desses filme. Algumas películas, por exemplo podem ser muito úteis na reconstrução dos gestos, do vestuário, do vocabulário, da arquitetura e dos costumes desta época. Mas além desses elementos audio-visuais, eles exploram a mentalidade da “sociedade” da época .
Sendo um filme histórico, A Guerra do Fogo é uma representação do passado, e portanto um discurso sobre o mesmo e como tal, está imbuído de subjetividade.
Para se captar o seu conteúdo histórico é necessário que o primeiro e momentaneamente, renuciemos a busca objetiva da “verdade histórica”, onde na película, ele apenas encontrará uma visão sobre um objeto passado, que pode contar “verdades” e “inverdades” parciais. Um filme nunca poderia contar a verdade plena de um acontecimento histórico, mesmo abordando fatos reais, é uma representação.
Dessa forma o que deve ser buscado em um filme histórico não é a ” verdade histórica” contida nele, mas a verossemelhança com o fenômeno histórico que retrata.
A guerra do fogo é um documento de nossa história, pois corresponde a um acontecimento que teve existência no passado.É um filme original e peculiar, quase um documentário de antropologia com uma história concreta e bem estruturada, abrindo espaço para o estudo do comportamento humano pré-histórico com notável diferença já citada entre a origem da linguagem, raízes da espécie humana e pelo florescer da razão e das tecnológicas que mostra ao longo da disputa pela chama do fogo, que culmina com o domínio e o conhecimento de como gerá-la, através do atrito, são também mostradas algumas passagens da evolução da humanidade, egoísmo, hierarquia, entre outros, até chegar aquilo que é hoje, um aglomerado de pessoas, que vive numa sociedade global, relativamente estruturada, mantendo uma luta perene em busca de uma existência confortável, segura e sem violência.
Enfim, o filme A Guerra do Fogo em sua essência é uma verdadeira radiografia imaginativa de como foram as primeiras tentativas para se chegar ao ponto em que a humanidade atual chegou e o que tudo indica, está havendo um verdadeiro processo regressivo da espécie, dentro das suas próprias mutações, que não podem parar. Porque, enquanto evoluímos em termos técnicos e científico andamos no sentido oposto como pessoa, ao se cometer crimes, que nem o homem primitivo seria capaz de praticá-los, ao lado de outras barbárias do mesmo nível.

BIBLIOGRAFIA
Filme A guerra do Fogo.
Comentário do filme pelo professor Marcilio…. – mestre da disciplina Origens Evolucionarias do Comportamento;
MATTA, Roberto da., Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Social.
Site de procura google:
A Guerra do Fogo Jean-Jacques Annaud.
www.comciencia.br/resenhas/guerradofogo.htm -
DVD Mania – Filmes & Filmes – Análises – La Guerre du Feu
www.dvdmania.co.pt/Analisesf/guerredufeu.html – 30k -
Matérias > E se fez o fogo!
www.10emtudo.com.br/ imprimir_artigo.asp?CodigoArtigo=
O cinema eo conhecimento da História
www.ufba.br/~revistao/o3cris.html – 59k
Ficha Técnica
Título:
A Guerra do Fogo
Original:
La Guerre du Feu
Região:
2 (Alemanha)
Duração:
96 m
Ano:
2001
Realizador:
Jean-Jacques Annaud
Estúdio:
EuroVideo
Actores:
Everett McGill, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Rae Dawn Chong

domingo, 20 de maio de 2012

PROJETO REDESCOBRINDO O ESPÍRITO SANTO:



Meus amados...




















Ser professor hoje, não é simplesmente ser um professor.
Ser professor hoje é ser o professor.
Não trabalhamos porque ganhamos os melhores salários e reconhecimentos.
Trabalhamos porque gostamos e porque queremos que nossas crianças e jovens tenham um futuro
melhor e com dignidade.
O reconhecimento pelo que fazemos é algo que vem como consequência e não como meta.
Sofremos diante da negligência do governo, tanto em relação aos salários mal pagos, como pelas más condições de trabalho.
A missão está em abrir mentes, em oportunizar situações, em contribuir na construção do conhecimento.
A missão está em direcionar, em orientar, em ajudar a crescer.
Lembrando que essa missão não é a de vomitar o que sabemos.
Somos construtores de uma nação.
Somos engenheiros de mentes.
Somos médicos das doenças geradas pela ignorância.
Somos cientistas procurando solucionar os problemas da sociedade.
Somos professores e professoras, amantes da EDUCAÇÃO.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pesquisa 7 ano


Renascimento CulturalHistória do Renascimento Cultural, artistas do Renascimento Artístico, Renascimento Científico,
arte na Renascença Italiana, grandes obras de artistas italianos, resumo
obra de arte - escultura
Davi: obra de Michelangelo (grande escultor e pintor italiano) Introdução :

Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.
Contexto Histórico

As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os  governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem  pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, VenezaFlorença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.
Características Principais: 
- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus ( teocentrismo ), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas,  começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo.  Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos.  

Monalisa de Leonardo da Vinci: Mona Lisa de Leonardo da Vinci: uma das obras de arte mais conhecidas do Renascimento
Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:
Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.

Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura.Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).

Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).

- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.

Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.
Tintoretto - (1518-1594) - importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia.
Veronese - (1528-1588) - nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.
Ticiano - (1488-1576) - o mais importante pintor da Escola de Veneza do Renascimento Italiano. Sua grande obra foi O imperador Carlos V em Muhlberg de 1548.
Renascimento Científico 
Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária idéia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.
Galileu Galilei Galileu Galilei: um dos principais representantes do Renascimento Científico
Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a idéia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pelaInquisição da Igreja Católica, que considerava esta idéia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas idéias para fugir da fogueira.
A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Saudades...........




Aprenda a fazer fichamento

O fichamento consiste em armazenar em fichas informações relevantes para a pesquisa. Ao conjunto de fichas denominamos arquivo.
Este trabalho pressupõe a anotação. Anotação é um procedimento de seleção de dados para futura utilização. Uma das características marcantes de uma anotação adequada é permitirem a redação. Deste modo, elas não podem ser sintéticas demais, a ponto de serem incompreensíveis. Muitas vezes queremos reduzir a informação e usamos códigos que não são lembrados posteriormente, inviabilizando a escritura a partir deles.
As notas podem ser:

Corridas quando são registrados apenas as palavras-chave.

Esquemáticas quando se reproduz a ordenação hierárquica das partes.

Resumitivas quando se tentam a condensação do conteúdo.

As fichas compreendem: cabeçalho, corpo da ficha e referências bibliográficas. O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da seqüência das fichas se for utilizada mais de uma. O corpo da ficha engloba as informações propriamente ditas. A referência equivale à indicação da fonte bibliográfica do material. Outro elemento de informação é a fonte, ou seja, a indicação da procedência do material.

Para tornar o uso da biblioteca mais produtivo, apresenta-se um método para tomar notas:
Antes de começar a tomar nota, folhear a fonte de referência. É básica uma visão do conjunto antes de se poder decidir o material a ser recolhido e usado.
Manter em cada ficha um tema ou título determinado. Colocar o tema na parte superior da ficha e, na parte inferior fazer a citação bibliográfica completa.
Incluir somente um tema am cada ficha e, se as notas são extensas, usar várias fichas numeradas consecutivamente.
Antes de guardá-las, ter a certeza de que as fichas estão completas e são compreendidas com facilidade.

As clássicas fichas de cartolina têm perdido espaço para programas de computador que garantem economia de trabalho e tempo. A vantagem de se fichar o conteúdo em computador é a facilidade de transposição delas para o texto. Basta digitar o dado a ser anotado para um arquivo de documento e copiá-lo e colá-lo ao texto do pesquisador quando for conveniente. Além disto, qualquer arquivo de documento pode ser impresso e catalogado como se fosse uma ficha comum.

No fichamento as leituras realizadas numa pesquisa bibliográfica devem ser registradas, documentadas, através de anotações, que permitem a apreensão das idéias fundamentais de cada texto. Esta é a fase mais demorada da pesquisa, pois as anotações devem ser feitas somente após a compreensão e apreensão das idéias contidas no texto.Não se pode sublinhar um livro pertencente à biblioteca; portanto, as anotações serão feitas em folhas avulsas, depois lidas, selecionadas para serem transcritas em fichas.
O fichário é um excelente instrumento de trabalho. Constitui-se na tomada de apontamentos. É o meio pelo qual o pesquisador retem o material levantado.
As anotações em fichas compreenderão resumos, análises, transcrições de trechos, interpretações, esquemas, idéias fundamentais expostas pelos autores, tipos de raciocínio etc.
Como a ficha é de fácil manuseio, agiliza a ordenação do assunto, ocupa pouco espaço e pode ser transportada sem problema, possibilitando não só o ordenamento do material, mas também sua seleção.
Para o pesquisador, a ficha é um instrumento de trabalho imprescindível. Que permite:
a) Identificar as obras;
b) Conhecer seu conteúdo
c) Fazer citações;
d) Analisar o material;
e) Elaborar críticas.

1. COMPOSIÇÃO DAS FICHAS:

As fichas são elaboradas com base em retângulos de cartão pautado, especialmente fabricado para esse fim. Há tamanhos universalmente definidos para as fichas, que são:
Tipo grande 12,5 x 12,5 cm
Tipo médio 10,5 x 15,5 cm
Tipo pequeno 7,5 x 12,5 cm

Também é possível confeccionar as fichas eletronicamente. Para tanto, basta dispor de um programa de processamento de textos ou de um banco de dados.
As fichas tanto,bibliográficas quanto de apontamentos compreendem três partes principais: cabeçalho, referência bibliográfica e texto.

2. TIPOS DE FICHAS:

Para cada objetivo ou assunto abre-se uma ficha específica, que obedecerá uma ordem numérica ou alfabética.Na ficha consta:
a) título geral (tema ou área de concentração da pesquisa);
b) título específico ( título de capítulo ou subtítulo de capítulo);
c) código de ordem de fichamento (numérica ou alfabética);
d) referência bibliográfica (conforme normas da ABNT)

De acordo com o conteúdo as fichas podem ser:
2.1 Fichas bibliográficas: comentário de toda obra, de modo resumido, indicando o pensamento do autor e concluindo com um comentário pessoal. Recomenda-se ser breve, utilizar verbos ativos (ex: analisa, contém, critica, define, descreve, apresenta, revisa, sugere e outros).
Exemplo:

Metodologia científica
(ASSUNTO OU TÍTULO) Nº1
(As fichas podem ser numeradas para facilitar sua organização)
RUIZ, João.Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo,Atlas,1977,168p.

Destaca a importância do estudo e apresenta um método para a eficiência. Apresenta indicações para o bom aproveitamento da leitura trabalhada. Indica como elaborar trabalhos de pesquisa, destacando a pesquisa bibliográfica em todas as suas etapas.
Na parte teórica, aborda a natureza do conhecimento,diferenciando conhecimento científico,filosófico, teológico, comum. Discute questões relacionadas à verdade e certeza, espírito científico,método científico, concluindo com um estudo sobre a indução. Finaliza com um apêndice referente às normas da ABNT.
Indicado para estudantes iniciantes do terceiro grau.
2.2. Fichas de citações: parte da obra , capítulo ou artigo.Transcrição fiel, deve vir entre aspas; consta o ano e o número da página ao final da citação.(seguir as orientações para citação bibliográficas utilizadas para elaborações de trabalhos científicos).

Exemplo:
Metodologia científica Nº2
SEVERINO,Antônio.J.A documentação como método pessoal. In: Metodologia do trabalho científico.3 ed. São Paulo:Cortez,1978,237p.
“Tal documentação é feita, portanto, seguindo-se um plano sistemático, constituído pelos temas e subtemas da área ou trabalho em questão” (p.111)
“...as idéias pessoais(...) também devem ser transcritas nas fichas...(p112)




2.3. Fichas de esboço ou sumário: apresenta as idéias principais expressas pelo autor, ao longo de sua obra ou parte dela. É a mais detalhada, em virtude da síntese das idéias ser realizada quase que de página a página. Exige a indicação das páginas à esquerda da ficha à medida que vai sintetizando o material.Pode ocorrer que uma idéia do autor venha expressa em mais de uma página.Nesse caso, a indicação da página será dupla.

Exemplo:
Ocupações Marginais na área rural
(título ou assunto) Setor de mineração
(pode ser usado subtítulo) 2.3
(as fichas são numeradas conforme os subtítulos)
MARCONI,Marina de Andrade. O garimpeiro – aspectos sócio-culturais. In:
Garimpos e garimpeiros em Patrocínio Paulista. São Paulo: Conselho de Arte e Ciências Humanas, 1978. p93-110.

93 Economicamente independentes, pois começam a trabalhar cedo, os garimpeiro em
geral possuem família nuclear.

95/6 Freqüentemente casando cedo, os garimpeiros não vêem com bons olhos o
celibato, considerando a aquisição de uma esposa como um ideal que lhes confere prestígio.

97 A mulher é a principal encarregada da educação dos filhos, que segue padrões
diferentes, conforme o sexo da criança.

99 O círculo de amizade é restrito, predominando os laços de parentesco e de traba -
lho. A mulher desempenha papel secundário, raramente dirigindo a palavra a homens, com exceção dos parentes.

100/ 1 O compadrio é considerado um laço forte, unindo famílias, sendo as crianças
educadas no respeito aos padrinhos, cujo relação com os pais aproxima-se da de parentesco.

102/5 A escolaridade dos garimpeiros é geralmente baixa, mas sua preocupação com os
filhos e familiares leva a insistência na escolarização, pois aspiram à independência para os
mesmos e consideram penosa sua atividade. O principal fator da baixa escolaridade é a
situação econômica, que conduz à atividade remunerada com pouca idade. Porém, em
média, sua escolaridade é mais elevada que a dos pais.

106/10 A quase totalidade dos garimpeiros é católica, tal como são ou eram seus pais, sendo
que as mulheres e filhos revelam maior assiduidade aos cultos. Mantêm, em suas residências,
sinais exteriores de suas crenças (imagens de santos). A prática religiosa está mesclada
com crendices, mas é comum a fé em promessas. Sua religião é um misto de catolicismo e
práticas mágicas.

2.4. Fichas de comentário ou analítica: consiste na explicação ou na interpretação crítica pessoal das idéias expressas pelo autor, ao longo do seu trabalho ou parte dele. Pode apresentar: comentários, análises críticas ao texto,comparações com outros trabalhos,explicitação da importância da obra para o estudo em pauta.
Exemplo:
Metodologia científica Eficiência nos estudos 1
RUIZ, João.Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo,Atlas,1977,168p.
Obra útil ao estudante iniciante de terceiro grau, principalmente quando trata do método de estudo e da leitura trabalhada. É fácil leitura e interpretação.
Posiciona-se favoravelmente ao empirismo ao tratar do método científico, não dando a devida atenção às outras correntes metodológicas..


2.5. Fichas de resumo: apresenta uma síntese bem clara e concisa das idéias principais do autor ou resumo dos aspectos principais da obra.
Exemplo:
Metodologia científica Eficiência nos estudos 1
RUIZ, João.Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo,Atlas,1977,168p.
Deve ser feito o resumo das partes principais do texto ou obra estudada.
2.6. Fichas de vocabulário técnico:utilizada para separar definições, conceitos e termos técnicos.
Exemplo:

CIÊNCIA 1
“Um conhecimento que inclua, em qualquer forma ou medida, uma garantia da própria validade”.
(ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia)
“É o conhecimento certo das coisas por suas causas principais”.
(BRUGGER, Walter.Dicionário de filosofia.)

3. Disposição do fichário:
Como há diferentes maneiras de organizar um fichário, a escolha de uma delas cabe ao pesquisador.
Organizam-se os fichários por ordem alfabética de autores, de títulos ou de assuntos.
Para separar assuntos (títulos) ou mesmo disciplinas, caso o estudante utilize um único fichário para todas as disciplinas, usam-se fichas-guia,que indicam o assunto ou o autor.Essa ficha poderá ter uma “pestana”,isto é ,ter um dos cantos mais altos que os demais, onde será anotado o assunto ou autor, para facilitar o manuseio.
Alguns pesquisadores usam cores diferentes para as fichas-guia, para melhor destaque.
Arranjo alfabético de cabeçalhos específicos de assuntos ou títulos: fichas devem seguir a chamada ficha- guia, em cujo cabeçalho, à margem superior, colaca-se a palavra-chave, ou seja, aquela que indica o assunto. O significado deve ser preciso.As fichas são ordenadas alfabeticamente por assunto.Entre as fichas-guia são colocadas as que levam os sobrenomes dos autores, também em ordem alfabética.
PERÍODO NEOLÍTICO


Também conhecido como Nova Idade da Pedra e Idade da Pedra Polida, o Período Neolítico  teve início por volta de 8.000 antes de Cristo, após as mudanças climáticas que criaram melhores condições de vida para os homens e animais. Com as geleiras, os portentosos animais foram extintos, dando lugar a uma fauna mais parecida com a que temos hoje, e os rios, desertos e florestas tropicais foram formados, o que possibilitou um contato humano mais intenso com a natureza.
Diferente da Era Paleolítica, o Período Neolítico é considerado um importante avanço social, econômico e político. Nesse período, o homem descobre-se como um ser social que tem muito mais vantagem de agir em grupo do que individualmente. As estruturas sócio-políticas são mais sólidas, ou seja, determinados grupos ocupam certas regiões sob a influência de um líder, geralmente o mais velho, o mais esperto ou o que tivesse mais força física.
Para obter boas condições de vida, o homem neolítico  procurava moradia próximo aos rios, na intenção de utilizar a terra fértil para a agricultura – outro importante avanço do período. Se antes o homem paleolítico coletava alimentos praticando o ato da caça e da pesca para sobreviver, o homem neolítico passou a produzir o que comer com mais assiduidade, plantando frutos, legumes e vegetais. Com isso, não havia mais a necessidade de vagarem constantemente à procura de alimentos – criando o fenômeno do sedentarismo, ou seja, a permanência em lugar fixado em detrimento do nomadismo.
São construídas as primeiras moradias, similares a pequenos cubículos feitos de palha e madeira. Geralmente, os neolíticos trabalhavam coletivamente, saindo em numerosos grupos para as poucas atividades de caça e pesca. As mulheres eram responsáveis por garantir o bem-estar das pequenas aldeias, permanecendo com os filhos e cuidando da agricultura. Com mais tempo para interagirem entre si, os neolíticos desenvolveram as primeiras atividades de lazer, descobrindo a arte da cerâmica e a forma de comercializá-la.
Apesar de indícios científicos apontarem para a Era Paleolítica o surgimento do comércio, foi na Era Neolítica que ele teve melhor aplicação. O homem neolítico cria o dinheiro, que era representado inicialmente por sementes de cores diferentes, para facilitar a troca de mercadorias, muitas vezes cerâmica, armamentos com pedras talhadas, objetos de pederneira e minério. Também data da Era Neolítica a criação do primeiro barco.
Outro importante avanço é a domesticação dos animais, o que possibilitou maior proximidade deles com o homem (como acontece com o cão) e trouxe mais variações alimentícias, como a criação de gados, cabras e porcos.
As vestimentas também sofreram alterações do homem paleolítico; devido ao frio intenso da Era Glacial, o homem paleolítico se cobria com pele de animal, enquanto o neolítico passou a fabricar as primeiras roupas com lã, algodão e linho para facilitar na locomoção e trazer mais conforto em relação ao clima mais ameno.
A Era Neolítica é considerada o último período pré-histórico. Antes de seu fim, ocorreu a Idade dos Metais, que consolidou a importância do bronze na fabricação de armamentos manuais.
O surgimento da escrita e a criação do Estado nas primeiras civilizações da Antiguidade marcou o fim da Era Neolítica.
PERÍODO PALEOLÍTICO



Pinturas rupestres, documentos imagéticos do Período Paleolítico.
Conhecido como o mais extenso período da história humana, o Período Paleolítico abrange uma datação bastante variada que vai de 2,7 milhões de anos até 10.000 a.C. Desprovido de técnicas muito sofisticadas, os grupos humanos dessa época desenvolviam hábitos e técnicas que facilitavam sua sobrevivência em meio às hostilidades impostas pela natureza.

Nesse período, as baixas temperaturas da Terra obrigavam o homem do Paleolítico a viver sob a proteção das cavernas. Uma das mais importantes descobertas dessa época foi o fogo. Com esse poderoso instrumento, os homens pré-históricos alcançaram melhores condições de sobrevivência mediante as severas condições climáticas. Além disso, o domínio do fogo modificou os hábitos alimentares humanos, com a introdução da caça e vegetais cozidos.

Sem contar com técnicas de produção agrícola, o homem vivia deslocando-se por diversos territórios. Praticantes do nomadismo, os grupos paleolíticos utilizavam dos recursos naturais à sua volta. Depois de consumi-los, migravam para regiões que apresentavam maior disponibilidade de frutas, caça e pesca. Para fabricar suas armas e utensílios, os homens faziam uso de osso, madeira, marfim e pedra. Em razão dessas características da cultura material do período, também costumamos chamar o Paleolítico de Período da Pedra Lascada.

Por volta de 40 mil anos, os povos do paleolítico começaram a viver em grupos mais populosos. Ao mesmo tempo, começaram a criar novas moradias feitas a partir de gravetos e peles de animais. Uma das grandes fontes de compreensão desse período é encontrada nas paredes das cavernas, onde se situam as chamadas pinturas rupestres. Nelas temos informações sobre o homem pré-histórico referente à suas ações cotidianas.

No fim do Paleolítico, uma série de glaciações transformou as condições climáticas do mundo. As temperaturas tornaram-se mais amenas e, a partir de então, foi possível o processo de fixação dos grupos humanos. Com isso, uma série de mudanças marcou a passagem do período Paleolítico para o Neolítico.